Na sessão legislativa do dia 10 de setembro, os vereadores
Eraldo Salutto e Marcos Valinho levantaram um questionamento sobre a
responsabilidade e o papel que o presidente da câmara e conseqüente da mesa
diretora poderia ter desempenhado para evitar esse escárnio legislativo com
nossos recursos públicos. O vereador Eraldo Salutto foi objetivo ao levantar o
questionamento sobre o fato desse projeto de reajuste ter sido uma proposição
interna da câmara, foi a mesa diretora que propôs o reajuste com o parecer
favorável da comissão de finanças e orçamento (Luciano Nunes, Paulo Pimentel e
Creilton “Ita Móveis” Costa).
Se ele, o presidente da câmara e da mesa diretora
não tiver influencia nas decisões da mesa, pra que temos um presidente da
câmara? O temos hoje é um presidente que desde dezembro de 2011 tem deixado a
desejar em uma série de situações que muito em breve abordaremos, e que nessa
última sessão foi negativamente oportunista em encerrar a sessão no qual
presidia dando uma tentativa de alfinetada, afirmando que o discurso dos
vereadores Eraldo Salutto e Marcos Valinho não tinha fundamento, pois esses
foram beneficiados pelo aumento de 30% concedido na legislatura anterior, como
se esses dois (em primeiro mandato) tivessem alguma responsabilidade por
legislaturas passadas no qual, ele o atual presidente foi quem de fato
participou. E sua atitude em atacar os legisladores que protestam contra
esse absurdo no encerramento da sessão, foi no mínimo antiético pelo fato dele
não ter dado a oportunidade de réplica pelos vereadores atacados por ele, o
presidente. Certamente que na próxima sessão a tribuna será usada para concluir
esse debate entre aqueles dois que defendem a decência e a probidade, e os sete
que defendem esse tapa na cara da sociedade no patamar de 44% para 13
vereadores e nove secretártios.
Em tempo; Estive com o vereador Clério Tadeu em Rosal, e
perguntei o que houve por ele ter se ausentado de tão importante sessão, e ele
me afirmou o seguinte; que se tivesse ido à sessão ele teria votado contra o
reajuste (ah ta bom...) e somente não foi porque ele teve “uns problemas com
suas placas de propaganda eleitorais com a fiscalização do TRE”, ou seja, ele
definitivamente abandonou a câmara para cuidar da campanha e suas placas
problemáticas.