A cada dia que passa fico cada vez mais surpreendido que as
bizarrices que ocorrem em nossa câmara municipal, é impressionante como nossa
casa de leis tem aptidão para casa de “Mãe Joana”. Perante tantos absurdos que
venho registrando nas sessões legislativas da atual legislatura, recomendo que
todos esqueçam um pouco a eleição majoritária (prefeitura) e reflitam com censo
cívico o que acontece rotineiramente em nossa câmara dos vereadores. Na sessão
de hoje, os vereadores Eraldo Salutto e Clério Tadeu pretendiam fazer o uso da
palavra na tribuna após a discussão e votação das matérias em pauta, sendo que
o primeiro tinha preparado um pronunciamento polêmico em resposta a atitude
antiética do presidente da casa pelo fato deste ter criticado Eraldo e Marcos
Valinho no encerramento da sessão passada e na presidência da sessão, sem dar
chances de aparte dos colegas atacados, nada mais rasteiro e traiçoeiro!
O vereador Eraldo pretendia pronunciar direto ao presidente,
que quando ele tiver que questionar algum colega, que ele fosse na tribuna,
para abrir a possibilidade de aparte por parte dos citados, mas o presidente ao
final da discussão e votação das matérias da pauta, inusitadamente e como um
autêntico “guepardo” encerrou a sessão sem franquiar a palavra aos parlamentares
presentes e saiu como raio da mesa diretora em direção à sala da presidência, sua saída da mesa diretora foi tão rápida e inesperada que eu sequer consegui ligar a câmera para registrar o final da sessão, ele acabou ferindo gravemente o regimento interno, e um dos preceitos garantidores da
democracia no poder legislativo, o uso da tribuna.
Entrevista com Marcos Valinho sobre a sessão de 13/09/2012
Entrevista com Eraldo Salluto sobre a sessão de 13/09/2012
Impressionante também é o desprezo que a maioria dos
políticos de nossa cidade tem com nossa capacidade de raciocínio e conhecimento com a ampla
divulgação de seus atos nos blog’s e nas redes sociais, em plena corrida
eleitoral eles continuam debochando das leis e da sociedade com atitudes
absurdas e espúrias em série, tanto no executivo como no legislativo. O
episódio relatado nessa publicação retrata a forma sorrateira como se comporta a
maioria da atual legislatura. O atual presidente poderia se espelhar no
ex-presidente João B. Chaves Magalhães, que sempre polêmico, quando questionava
seus pares nas sessões, como sempre fez, ele sempre o fazia da tribuna, para dar direito a
réplica ao colega questionado. Questionar colegas parlamentares na presidência da
mesa diretora, é uma atitude antiética e covarde.