sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Voz de quem?


Já faz algum tempo que venho observando as edições de nosso quase “octagenário” jornal “A Voz do Povo”, e pelo que eu e outras pessoas temos visto é que a voz não é mais tão do povo assim.

O monpólio da capa, observem que excluí com as tarjas pretas, as manchetes que não se referem às "realizações" da prefeita

Impressiona como um jornal tão tradicional, que teve o grande Osvaldo Carneiro como seu fundador e com ilustríssimas participações do saudoso Padre Mello, ter se transformado em praticamente um jornal oficial do governo municipal, tamanha a desproporção do espaço cedido à propaganda institucional e ilusionista frente às outras matérias.

Nessa página, as tarjas branca encobrem os anuncios publicitários, para tenhamos e noção exata do espaço dado às matérias de conteúdo cultural

Um dos principais pilares da democracia está na atuação fiscalizadora e informativa da imprensa independente, onde pautada pelo critério do equilíbrio, conjuga seus espaços entre as informações das realizações do governo, e também um devido espaço para ações fiscalizadoras onde se forma opinião crítica frente aos possíveis erros de um governo.

A única página (preto e branco) inteiramente dedicada às demais matérias.

 
E o que não falta no governo municipal em nossa cidade são erros, muitos erros, grosseiros e indecentes até, e nosso tradicional jornal está entregue aos interesses governamentais para tentar mostrar que nós Bomjesuenses , vivemos no melhor dos mundos, ledo engano!

Observem que a tarja branca, que envobre o anuncio publicitário,  na página do governo, ocupa espaço ínfimo

Outra página sem a propaganda instituicional da prefeita, consequentemente, é uma página toda em "preto e branco", somente o mundo da prefeita é colorido...
 O uso desse veículo de comunicação com interesses ligados aos do governo, chega ao ponto desse jornal que é vendido nas bancas ao custo de R$ 3,00 o exemplar, e com assinatura anual de R$ 40,00 ser distribuído gratuitamente conforme eu mesmo flagrei na noite do dia 20/10/11 onde no bairro Lia Márcia por volta das 20:30h dois garotos estavam distribuindo nos estabelecimentos que estavam abertos naquela hora, e entregando as pessoas que passavam por eles, um próximo a Escola Anacleto José Borges e outro próximo ao Posto Rezende.

É no mínimo questionável, o fato de muitos Bomjesuenses presentes e ausentes, ter que pagar assinatura e o valor dele nas bancas, enquanto há distribuição gratuita pela cidade, sem que se identifique o responsável pela distribuição



Ficam as perguntas: 

Quem está arcando com a despesa dessa distribuição desses exemplares?
Quantos exemplares são distribuídos?