Uma das questões de grande polêmica dessa administração pública se constitui na coleta de lixo primitiva, e na depredação quase que total da Unidade de Tratamento de Lixo existente em Santa Isabel.
Quando inaugurada, a U.T.L. chegou a empregar mais de cinqüenta funcionários e ficou assim por um bom tempo, naquela época havia condições adequadas na coleta e no fim que se dava ao nosso lixo, porém hoje é estarrecedor o estado em que se encontra, existe uma meia dúzia de pessoas trabalhando em condições desumanas e recebendo da prefeitura uma ajuda custo de meio salário mínimo.
Não há nenhum critério na compactação de resíduos plásticos, por exemplo, visto que vai para a prensa (em situação precária, lógico) material com variados valores chegando a diferença de 80% entre um tipo e outro de plástico, mas todo vendido ao valor inferior, material que poderia ser vendido a R$ 1,00/kg está sendo vendido a R$ 0,30/kg pela total falta de critério na triagem para compactação, na verdade não há nenhuma triagem muito menos critério.
Hoje o DEER/RJ produz uma nova mistura de asfalto com farelo de pneu na proporção de 25% proporcionando uma redução de custo na produção de asfalto em até 30% e dando um destino rentável a pneus velhos.
O óleo de cozinha usado e jogado no esgoto diariamente pelas residências e restaurantes poderiam se transformar em sabão que seria destinado as creches, escolas e para população carente por exemplo.
Seria interessante pensar na criação de uma empresa municipal de coleta e reciclagem de lixo, uma autarquia municipal com gestão independente com fins lucrativos e em parceria com uma associação ou cooperativa dos profissionais autônomos do mercado do lixo, existe hoje em Bom Jesus, mais de uma centena de pessoas que vivem desse mercado, uns com alguma estrutura, outras sem nenhuma estrutura, essa autarquia poderia arcar com toda folha salarial dos servidores municipais da coleta de lixo.
Essa empresa poderia resgatar as condições dignas de trabalho de nossos profissionais da coleta de lixo e proporcionar oportunidades aos autônomos, além de geração de renda para o município e na preservação do meio ambiente.
Mas...para que essa idéia saia da prancheta, precisa-se de PROJETOS e muita CREDIBILIDADE POLÍTICA em Bom Jesus do Itabapoana/RJ.
Frederico Sueth Rangel
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