Lendo a última edição do jornal “Repórter” me deparei com
uma matéria da candidata situacionista informando que ela é candidata, e que
essa “investida boateira” de seus adversários também ocorreu em 2008 e que a justiça
eleitoral confirmou sua candidatura, tanto que ela é a atual prefeita até os
dias de hoje. Mas é importante que todos saibam que em 2008 a então candidata
do PMDB à prefeitura tinha a sua disposição um esquadrão de bastidores
políticos e jurídicos capitaneada pelo grande “Rábula” que proporcionaram uma
mágica política de deixar David Cooperfield babando.
Então vamos reviver essa
história; já em 2008 a referida candidata já estava na relação de inelegíveis
do TCE/RJ, visto que ela já tinha a primeira condenação desde 2005, e com isso ela
já estava inelegível, foi então que o esquadrão do Rábula arquitetou uma sessão
de hipnose que deixou o então conselheiro do TCE/RJ, José Nader de olhos fechados e
com total aceitação a qualquer ordem dos paranormais do Rábula, foi então que
foi dada a orientação para que se retirasse o nome da candidata peemedebista da relação de inelegíveis do TCE/RJ da
época por apenas vinte e seis dias, tempo suficiente para ela recorrer ao TSE e
conseguir registrar sua candidatura com um parecer favorável do ministro Eros Grau.
Como seu nome ficou de fora da relação de inelegíveis do TCE durante boa parte
do período de registro de candidaturas, ela conseguiu emplacar sua candidatura mesmo com a
mágica do TCE/RJ sendo desfeita logo depois.
Abaixo vou citar quatro parágrafos do relatório de uma CPI da
ALERJ que em 2010 investigou alguns conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado do Rio de Janeiro, esta CPI teve como presidente a deputada estadual
Cidinha Campos, o vice Marcelo Freixo e o relator o deputado José Adilson. E
este relatório cita a conduta do Senhor Nader frente as eleições de 2008 em Bom
Jesus do Itabapoana, ele classifica a retirada do nome da candidata como um
GOLPE, que o TSE (Eros Grau) foi INDUZIDO AO ERRO e que na verdade QUEM DECIDIU
AS ELEIÇÕES de Bom Jesus do Itabapoana em 2008 foi o senhor José Leite Nader, conselheiro do TCE/RJ na ocasião.
"Além disto, há, também, casos em que, valendo-se da competência jurisdicional decidiram pleitos a favor de uns, em prejuízo de outros proferindo decisões que tornaram inelegíveis potenciais candidatos que se opunham aos seus escolhidos. É o caso, por exemplo, do pleito municipal de 2008, do município de Bom Jesus do Itabapoana."
"Em continuidade ao processo de prestação de contas de sua gestão como tesoureira do Fundo Municipal de Assistência Social e Habitação de Bom Jesus do Itabapoana, o procedimento foi encaminhado ao gabinete do conselheiro JOSÉ NADER. E aí veio o grande golpe: o conselheiro JOSÉ LEITE NADER, tendo em conta que MARIA DAS GRAÇAS havia recolhido ao Tesouro Estadual a multa imposta no julgamento em que foi relator o conselheiro MARCO ANTONIO BARBOSA ALENCAR, votou pela baixa da inscrição da dívida ativa e pela anulação do certificado de revelia já que ela havia apresentado razões de defesa. Não fez qualquer referência, no entanto, quanto ao não acolhimento de suas razões de defesa e nem de que suas contas permaneciam rejeitadas. Ato contínuo, o Tribunal expediu certidão que relatava o ocorrido, ou seja, a anulação da revelia e a baixa de inscrição na dívida ativa, deixando de atestar que a condenação persistia."
"O que se conclui é que o Tribunal Superior Eleitoral foi induzido a erro, já que a certidão apresentada por MARIA DAS GRAÇAS relatava fatos que lhe eram favoráveis, enquanto que aquele que seria determinante na apreciação de seu registro eleitoral foi suprimido por uma filigrana constante do voto do conselheiro NADER."
"Outra conclusão é que o pleito de Bom Jesus do Itabapoana acabou decidido pelo conselheiro NADER".
Link desse relatório:
Lamento informar aos governistas que essa mágica não se
repetirá em 2012, eles até tentaram um truque barato de circo do interior
tentando emplacar uma interposição de embargo no dia 06 de junho de 2012 para
somente dizer que ainda cabe recurso, mas nosso Mister MM Eleitoral desmascarou
de uma vez por todas esse truque fajuto no TCE/RJ. Outro motivo que me leva a
pensar na não reedição da grande mágica é que o citado esquadrão de bastidores
políticos e jurídicos capitaneado pelo Rábula, hoje tem novos personagens e
está do outro lado da trincheira, trágico!!