Quase seis meses depois de inaugurada, a nova feira livre
apresenta os velhos problemas inerentes à administração pública, a título de
recordação vamos recapitular como surgiu esse projeto, que teve a iniciativa da
associação dos feirantes do município que recorreram à EMATER para que seus
técnicos desenvolvessem o projeto. Desenvolvido o projeto, a FAPERJ se prontificou
em financiar o mesmo através da articulação do vereador Luciano Nunes no qual
ficou em aproximadamente R$ 140.000,00 para a aquisição das barracas, lixeiras
e uniformes, coube ao governo somente encaminhar o ofício da secretaria de
agricultura e meio ambiente com o projeto em anexo para a FAPERJ liberar os
recursos.
Obviamente que o governo subtraiu a autoria do projeto para
si e tomou conta da publicidade enganosa no lançamento desse projeto, mas o que
realmente ficou a cargo do governo está deixando e muito a desejar, que é a
manutenção e a destinação correta das barracas, a manutenção de número adequado
de lixeiras e a conscientização ambiental dos feirantes.
Nada disso está sendo feito, quando inaugurada, a feira
contava com mais de trinta lixeiras padrão, só que hoje eu contei somente oito
lixeiras, dessas oito, quatro estavam posicionadas na entrada da feita próximo
à CEDAE, parece que elas estão demarcando a área da feira para impedir o acesso
de veículos. No calçadão havia somente duas lixeiras, e as outras duas estavam
posicionadas na rua onde passa o público. O lixo da feira está sendo
criminosamente despejado na margem do rio Itabapoana novamente, onde estão os
fiscais de posturas do município? É obrigação do governo cumprir e fazer
cumprir as leis municipais, e o governo não conscientiza com ações programadas para
tal, não fiscaliza e não multa que joga lixo no rio.
Algumas barracas estão sendo usadas para finalidades
contrárias ao produtor rural, nelas estão sendo vendidos produtos de toda
espécie de vendedor ambulante, nada contra quem quer trabalhar e se sustentar
honestamente, mas desde que seja dentro das regras, cabe ao poder público
elaborar projeto semelhante para os vendedores ambulantes, mas usar as barracas
da secretaria de agricultura para vender panelas, roupas, brinquedos dentre
outros produtos definitivamente não está correto. Imagino que este projeto foi
concebido para atender os pequenos produtores agrícola, e três dessas barracas
não estão atendendo à produtores agrícolas.
É assim que funciona esse governo, eles são especialistas na pirotecnia de suas inaugurações, sabem como poucos colocar azeitonas com muito barulho e muita festa na empada alheia, mas são péssimos em dar sustentabilidade aos projetos, pois eles são péssimos administradores. Hoje às 13:30 haverá uma reunião entre a secretaria de
agricultura e os feirantes para tratar diversos assuntos, inclusive o registro
da associação dos feirantes do município. Esperamos que as observações
abordadas aqui sejam colocadas em pauta.