terça-feira, 22 de novembro de 2011

A festa, a tragédia e as animosidades

A tragédia ocorrida no domingo (20/11) tem ocupado espaço considerável nos blogs e nas redes sociais, onde muito se ataca e se defende os responsáveis pela realização da Festa a Fantasia.


E o que não falta são equívocos, tanto por parte de quem critica quanto quem defende. Quem critica, erra ao colocar na conta do Sávio Saboia a responsabilidade pelo acidente, execrar o produtor da festa é tão equivocado quanto atribuir à vítima a responsabilidade por ter consumido álcool para depois dirigir.
Até o momento, não há nenhum pronunciamento por parte das autoridades periciais se o motorista do celta estava de fato alcoolizado, por questão de respeito às famílias (das vítimas e do responsável pelo evento, sim ele tem família que sofre também com toda essa repercussão) o momento recomenda mais reflexão do que opinião.

Os organizadores do evento tiveram o alvará de autorização por parte do juiz da comarca de Apiacá no dia 27/11/11, e no alvará o Dr. Adelino Augusto Pinheiro Pires cientifica a Pollícia Militar e o Conselho Tutelar do Menor sobre o evento.

O que ocorreu nesse fim de semana entre Iurú e Bom Jesus do Norte, ocorre com frequência em nossa região, e poderia ocorrer em maior número, visto que em nossa região a “lei seca” ainda não chegou, o fato de não haver bafômetros ou etilômetros elimina qualquer possibilidade de coibição do uso de álcool associada ao volante, se a PM anunciasse uma operação rigorosa, com bafômetros como a “Madrugada Viva” que ocorre na grande Vitória, certamente muitos desistiriam de ir de carro para a festa.


É fato que a Festa a Fantasia tem que ser repensada, esse grande evento chegou a um momento que muito se questiona a falta de controle na venda de bebida alcoólica aos menores de 18 anos dentre tantos questionamentos, seria interessante se os organizadores do evento dessem à festa uma conotação beneficente, que oferecesse uma contrapartida à sociedade em geral (Hospital, Abrigo dos Velhos, etc) hoje essa grande festa não une mais os Bomjesuenses, e sim divide, muitos criticam com veemência, outros defendem com unhas e dentes pelos mais variados motivos, mas o ideal seria a convergência e não a divergência.


Discordo que ela tenha que acabar, seria um retrocesso, mas é necessário que haja mudanças para que o ano que vem, os comentários pós festa sejam positivos nas boas lembranças dos momentos curtidos nela.